terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Adeus janeiro e suas listas de melhores do ano

Como todo aspirante a jornalista, dono de um blog de variedades famoso, eu (não) paguei (feliz) pelo meu ingresso para o MECA FESTIVAL. Preciso dizer que depois de alguns outros bens materiais descartáveis e os que se tornaram doses etílicas (sinceridade é tudo) foi, definitivamente o mais bem investido.
No meio de toda aquela gente preocupada em ser tão diferente (leia-se indie/alternativa/hype/Cult/qualquer outro estereótipo que desconheço) que acabavam sendo cópias fidedignas umas das outras e de suas referências (que são as MESMAS) estávamos nós numa empolgação não muito aparente. Chegamos nas últimas duas músicas de ROSIE AND ME, e por mais que eu tenha gostado do pouco que ouvi, não surpreendeu que tivesse tão pouco público. Não sei exatamente quanto tempo depois, começou COPACABANA CLUB, sinceramente, não tenho uma grande opinião formada sobre a banda. A única coisa que eu sei precisar é que fora a baladinha DO IT, a parte que assisti não me fez correr pra casa e dar continuidade ao download do torrent que já tinha começado. Acho que deixo bem clara minha impressão. Apenas a título de uma tosca comparação: o show do Apanhador Só na ‘beira da praia’ me chamou BEM mais atenção.
Mas eu não tinha ido ao meu primeiro festival por causa das atrações nacionais. Estava mesmo sedenta pelo TWO DOOR CINEMA CLUB que rendeu litros de suor e o desgaste físico (nem tanto) mais reconfortantes deste mês.
A banda começou com Cigarettes in the theater, acredito que por ser a primeira da minha playlist (do cd? Não sei) achei tão bem escolhida e tão empolgante. O MECA finalmente havia começado, CHEERS! Com pouco mais de uma hora de músicas extremamente bem executadas (imparcialidade – eu domino) as que elegi como as melhores do festival foram DO YOU WANT IT ALL e WHAT YOU KNOW . CHEERS! Realmente não sei fazer boas definições acústicas e críticas de shows ou de qualquer outro tipo de manifestação massiva, ou não, musical. Acontece que o que importa para EU é que: a música estava ótima, audível na medida certa, e sem qualquer hiato na sonorização, e por mais (semi) contidas que fossem as movimentações no palco, achei condizente com o que tenho de referência de apresentações do TWO DOOR CINEMA CLUB! CHEERS!
Só achei ridículo que nenhuma banda voltou ao palco e o público foi complacente com isso, não entendo. E KIDS que música é essa??? FODA, FODA, FODA!
Passado o que considero o ápice do festival, veio a (quase) igualmente impressionante VAMPIRE WEEKEND. Devo dizer que só não curti tanto como a sua antecessora, porque eles tocaram algumas músicas do primeiro álbum e que não conheço, mas que me deram o maior ânimo de ir atrás. A-PUNK e WALCOTT foram as que mais gostei, o que deve explicar o fato de não conseguir parar de cantarolar a última, essa que me deixou com aquela sensação de quem acaba de passar por um momento que vai lembrar sempre.
Um único comentário quanto a um pensamento randômico que tive durante o show. O vocal do VAMPIRE WEEKEND, Ezra Koenig,  “... we are from NY...”  Bah, todo mundo aqui já sabe, precisa jogar na cara?? – eu possuída.
Festival é bem isso mesmo. Deixa aquela sensação de amor e ódio por todos, os mais alheios motivos, e que são justamente por estes que eu sei que mal posso esperar pelo próximo.
Até porque um festival como esse, com duas banda que eu gosto muito, na praia, e virar BFF (meiga) do Mark Hunter (THE COBRA SNAKE) não é sempre. (AAAAAAAAAAH , não podia deixar de –me mostrar – comentar).
E assim como as listas dos melhores do SAG, Golden Globes, Oscar e etc, janeiro se esvai com dois shows que lideram a minha de melhores do ano. (so far, so F*ing AWESOME).

 - fotos do MECA aqui, e aqui - cobra snake. e em outros tantos blogs - google it!