terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sem pauta

22h36. Sono, pijama e preguiça, sei que já estava na hora de reavivar esse velho moribundo que nem aparece como ‘mais visitados’ no chrome. Me conheço bem, pelo menos nesse sentido, para compreender que momento melhor não há pra minha prolixidade se desenvolver e eu ocasionar uma verborréia clássica e desconexa. Talvez seja a necessidade de escrever, de falar, e caras, admito aqui ter me tornado uma pessoa com menor vergonha e que fala. E como fala.

Talvez seja a necessidade de desopilar. De mandar meu trabalho de conclusão a putaquepariu, uma vez que eu já não tenho a menor paciência em fazê-lo. Ainda que me sinta extremamente orgulhosa quando de fato termino um capítulo, ou escrevo alguma coisa que faça real sentido. Pode ser que eu escreva pra dizer o quanto me irrita profundamente ver todas aquelas atualizações de status de colegas de graduação (wtf?) que dizem só faltar criar a capa do trabalho delas, coisa que me oportuniza um remorso e uma inferioridade quase inconcebíveis.

Pode ser também apenas uma válvula de escape, uma forma de manifestar a mim mesma que capacidade tenho igual de escrever. Ainda que para leitores inexistentes.
Existe a possibilidade de estar fugindo, por preguiça, de grandes discussões sobre os principais fatos ocorridos nas últimas semanas, e me livrando de um post complexo, com profundidade, e, acima de tudo, útil.

É necessário ponderar que essa fissura “publieditorial” possa ter surgido pelo tempo decorrido da ultima postagem até esta, ou da fuga de abordar, também, temas tais como maturidade ou a falta dela, emprego, jornalismo e provisões futuras, que tem insistido em me martirizar.

Mas, acima de tudo, e o qual mais me parece viável, talvez eu esteja apenas com preguiça de ir deitar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Depressão não mata, ensina a escrever.

Não há como argumentar. Isso é um fato. Talvez seja a necessidade de conversar que instaure uma prolixidade pouco vista no autor e que o deixe assim. Ou a desesperada busca por atenção que o obrigue a escrever de forma exasperada e com tamanho vigor e (busca pela) perfeição que transmita a sensação de finalmente ter feito algo decente. (crueldade é pouco para mim haha)

Poderia considerar este um exemplo nítido deste tipo de manifestação, mas já descartei esta hipótese a partir da terceira linha, onde comecei a achar este texto como apenas mais um. Também não é possível enquadrá-lo nessa categoria quando penso nos autores que me inspiraram a escrevê-lo.

De Caio Fernando Abreu (celebridade póstuma do twitter e que não gosto) onde cada texto era um prenúncio ao suicídio, passando por Bukowski tão ácido quanto degradante, e até mesmo Orwell e, ainda que sutilmente Thompson (o qual leio atualmente) todos, de alguma forma se beneficiaram dessa psicopatologia. Não há como agradecê-los suficiente por isso.

Verdade seja dita: humanos gostam de sofrer. Aproveitam cada vertente desse sentimento para acalmar os ânimos e, talvez, voltar a uma pior mais tarde - Por que não?; Claro, que neste momento gozo do que podem ter passado, mas é inegável o valor que a tristeza (e a depressão – porque são diferentes) tem para a literatura. Ela comove, indaga, e tem um quê de sensacionalismo que, quando empregado de forma correta, suscita uma inquietude, uma necessidade de se entender a causa para então, junto do autor, sofrer e dar razão ao que se passava.

Acredito que este seja o grande lance da dissertação depressiva. Ser um círculo vicioso, impregnando no receptor o vazio vivenciado e transferindo a ele essa necessidade de se expressar, essa necessidade de exprimir em cada vírgula o mais denso sentido e simbiose do vivenciado.

Contudo, se se atingir o seu leitor dessa forma não for garantia de se tratar de um bom texto, não sei o que é. Melhor começar a me entristecer.
HE HE. 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O festival do John Butler Trio

Não, eu não sabia, e nem sei, todas as musicas de cor. Não, este não é o meu “estilo musical” preferido. E não, eu não gosto de solos que precedem as músicas.
SIM, o show do John Butler Trio foi tão bom quanto eu esperava que fosse, e na verdade, até melhor.

Com a mesma simplicidade de quem andou de skate no Complex ou de quem toca em praças alheias, John (e o resto do Trio) apareceu no palco quase fora do alcance da minha não tão boa visão, e a isso soma-se a pouca altura que temos – tanto ele quanto eu. Bem a esquerda, o que não achei ser um bom posicionamento, ele que é QUASE auto suficiente começou o que seria uma aula de boas execuções durante as pouco mais de 2h, acho.
Tendo como ápice as primeiras e últimas musicas, é inegável a qualidade dos músicos ali presentes. Só do alto da minha sutil ignorância musical contei 9 (?) instrumentos distintos, dentre os quais 5 foram parte dos debulhados pelo próprio, além de um instrumento de sopro de origem duvidosa, e que tomei a liberdade de creditá-la aos aborígenes, e o de longe meu preferido, contra baixo. Com tamanho acervo bem executado parece irônico que tenha destacado apenas o início e fim da apresentação, porém, como já dito, não tenho a paciência necessária, e muito menos o asseio, para aproveitar os solos que foram recorrentes. Ainda assim, e com um espectro bem mais realista do que otimista, é justamente este tipo de “intervenção” que costuma preceder as melhores musicas do set, e de fato os para mim, inconvenientes, foram muito bem sucedidos.


Não, John Butler Trio não tocou a música que eu estava à semana toda ansiando para ver, MAS esteve em Porto Alegre e conseguiu extinguir qualquer resquício da teimosia que eu já  possa ter tido para com a banda deixando lugar apenas para a minha total admiração.

...
Anterior a John Butler Trio, houve a passagem da Cachorro Grande que tocou apenas 6 musicas. E destas, nenhuma do álbum que esta por vir. Nas palavras do Marcelo Gross, ébrio, com quem falei após o término do festival, “ tocamos pouco porque o show já começou atrasado.” Solicitei apresentações mais recorrentes e ele disse, “ o álbum tá sendo finalizando, e temos muita coisa agendada. Logo a gente vai estar por aqui de novo. Qual teu nome, querida?”
 Laura Ebert, respondi.
Aqui, os vídeos que eu fiz, em breve fotos no flickr.
(CRÉDITOS TEXTO, FOTOS E VÍDEOS: LAURA EBERT)

Justiça, a utopia da sociedade

Não me beneficio de nenhuma lei, muito pelo contrário. Pago, em dia, imposto para receber um salário pelo trabalho que eu EU realizei, pago para fazer documentos que serão usados por normas do código penal deste país. Não usei o sistema de cotas, não tenho bolsa família, e tenho menos (leia-se nenhuma) terras do que os militantes do MST (me refiro às recebidas pelo ESTADO). E, no momento em que precisaria de um auxílio judicial não posso me regojizar. Não tenho o direito de ser livre, e em relação a minha pessoa, não estava sendo cumprido com o meu direito de ser respeitada.
Pela minha índole, e pelo meu sossego e paz de espírito, abri mão de seguro desemprego, e todo e qualquer tipo de apoio cedido pelo governo ao ME demitir, mas dada a circunstância isto não PODE (e nem DEVE) ser o correto. Sofri, e aqui sem medo de parecer sensacionalista, abuso moral e tive de me submeter à demissão para voltar a me dar o próprio respeito. Em uma circunstância como a tal, poderia ir a justiça fazer a petição de processo contra quem o ocasionou, mas e o futuro?
Não há uma criatura, eu não conheço, que me dissesse sem ponderações que esta atitude seria a ideal no meu caso. Hoje o brasileiro, o individuo, EU, não posso fazer isso se quiser algum emprego futuro, pelo fato de que nenhuma empresa deseja contratar um ser praticamente militante. Portanto, caso eu deseje uma nova oportunidade no mercado de trabalho é melhor relevar.
 Meu caro, com 20 anos na cara, eu quero MESMO próximos empregos.
Sendo assim, questiono no que eu, cidadã lesada por uma infração moral, posso me apoiar? No que, onde, ou em que momento a justiça será demonstrada? Em nenhum.
Talvez eu devesse ter me esforçado para ser demitida, mas de que maneira é VIÁVEL fazer isso? Não me parece concebível que frente a este tipo de situação, esta que passei, eu ainda devesse me submeter a mais meses onde deveria demonstrar uma má conduta que NADA tem a ver comigo, para então, talvez, ser demitida e receber o que seria (porque não foi) o que é meu por direito? Então para haver justiça quanto a mim, mais eu devo me submeter?
Sei que não sou a primeira, e nem especialmente a última a passar por uma situação como esta e é isto que me deixa mais desacreditada. Quantas pessoas devem passar por isso diariamente sem poder se ao luxo de pedir demissão? Para quantas pessoas a justiça e a ética devem ser tão utópicas e distantes quanto me parecem? Prefiro não mensurar.
Por enquanto, agradeço aos meus pais por poderem me sustentar e, também, a eles e ao meu irmão por terem me suportado nos últimos tempos. E para que a justiça seja feita, ao menos na minha casa e no que depende de mim, eu prometo ser agradável e muito prestativa.
 - quem quiser meu currículo, me avise! 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

OH Julian!

sem tempo, inspiração, ou decência para postar, publico este vídeo (que tem apenas 964 até o momento - talvez o meu ápice da triagem de ÓTIMOS vídeos, me sinto hipster) que eleva qualquer descaso com meu blog a um mero descuido.

Julian, mil vezes obrigada! e, na verdade, 1001 por teres descruzado as pernas no final.

http://www.youtube.com/watch?v=qJjXlNQ1v-E&NR=1

sábado, 2 de julho de 2011

metrópoles

sobrevivi ao estresse do meu PENÚLTIMO semestre do curso de jornalismo, e também á uma feira do setor calçadista e, talvez o mais desafiador, ao meu perfeccionismo.

hoje de volta as ''''''''''''REDES SOCIAIS'''''''''''''''' (stalkers celebram - existem? not) vi este post no blog do MoMa (e NUNCA, NUNCA MAIS perguntem porque eu nao me ENCAIXO em cidade pequena) e decidi compartilhar para deixar o meu egoísmo de lado e postar alguma coisa a altura do que tenho escrito aqui (aaaaaaaaahahahahahahaha).

"...imagined nostalgia for the Weimar Republic (1919–1933): its loose social mores, the competing senses of optimism and doom, the passionate political struggles, and of course the edgy art and design..."


http://moma.org/explore/inside_out/2011/07/01/five-for-friday-life-was-a-cabaret?utm_source=social&utm_medium=twitter&utm_campaign=blog1_07-01-11


- juro que não estou tão ranzinza quanto pareço! :)

domingo, 12 de junho de 2011

Um breve parecer otimista sobre o dia dos namorados, ou um, quase, surto histérico

Proponho um brinde às datas comerciais desse país e a crença vã, dessa sociedade capitalista, de que estas são relevantes as suas relações interpessoais.


não é rancor, só tá me faltando romantismo. tsc tsc.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Apenas o fim



- Esse é o melhor filme brasileiro.
- Não, não é.
- Eu disse que é o melhor filme NERD brasileiro!
- Humpf, ATÉ pode ser. – conclui.

É com uma certa pretensão e boa dose de confiança que me dei ao luxo de discordar de um amigo próximo, que entende (e já assistiu) muito mais de cinema que eu. Minha opinião havia sido pedida e eu não consigo não ser sincera.

Apenas o Fim, lançado em 2008 do Matheus Souza, tem realmente tudo para ser o melhor filme NERD brasileiro (seja lá o que isso for) até porque talvez seja o único. Apresenta duas linhas de tempo, onde o passado, em p&b, complementa as cenas com inserts de vivências passadas pelo casal de jovens. Adriana e Antônio levam o filme basicamente sozinhos no que seria um último adeus (ó que poético) pautado pro banalidades cotidianas enquanto aproveitam este ultimo tempo juntos dentro da PUC onde cursam cinema (leve pontada de inveja, leve).

Diálogos simples e atuações coerentes fazem do filme um equivalente ao que deve ser referencial americano, Antes do Amanhecer. Porém, não só de Linklater que se permeia esta trama. Acredito que para ser esse melhor filme NERD brasileiro tenha se valido de forma continua e profícua de Woody Allen (mera coincidência o fato de ele estar neste post, juro). Ouso dizer que a comparação é inegável.

Uma estética simples, com uma locação bonita, porém singela e sem grandes edições (bruscas) visuais. Diálogos longos e, em alguns momentos desconexos. Uma atriz linda, um ator de uma beleza peculiar, leia-se, feio para maioria, (muito) bonito para eu e mais umas mil indies. Esse podia ser um filme de Allen. Não é, é Apenas o Fim.


(NOTA DO EDITOR - HA HA: qualquer semelhança com JUNO não é coincidência)





Allen e o cinema brasileiro
Quem será Woody Allen para basear o cinema brasileiro? Certamente não é o melhor diretor da atualidade, e nem será o melhor que já existiu, mas acho favorável que possa ter sido uma influencia neste caso especifico.

Dada a quantidade de bons artistas deste país, e a produção cultural que se têm tido nestas terras, e aqui tem se feito muita coisa BOA em termos de teatro e cinema, que se torna necessária a busca por novos parâmetros no cinema brasileiro. Hoje o que se tem como melhor e sobressalente no histórico cinematográfico, não se deixam as classificações dos filmes de violência e drama. Nada contra (muito pelo contrario – poderia terminar sem essa) Central do Brasil e Cidade de Deus são mesmo filmes bons, mas já está em tempo de mudar esta perspectiva, até, audaciosamente, em um espectro mundial. (por incrível que pareça) Não só de putaria e favelas que se alimentam as manifestações culturais, cinema em especial, deste país. O Cheiro do Ralo, Diário de uma Busca e O Alto da Compadecida (maior clichê do mundo que eu não consigo desgostar) estão aí para confirmar.

Apenas o Fim, não é o filme que vai trazer algum tipo de mudança na percepção do cinema brasileiro, ou que poderia causar um desconcerto na “ACADEMIA”. Mas, Apenas o Fim é um exemplo de que podem ser realizados filmes com potencial, e que tenham cunho comercial, sem que beire os extremismos. (ninguém aguenta mais diretor de filme bom morrendo de fome e sem fazer mais nada por falta de grana, sinceramente) sem apelo, ou baixaria, há uma possibilidade de se trabalhar uma maior disseminação do cinema no país e que não comprometa a qualidade.

Em tempo: Utópico, mas acho válido.  

terça-feira, 12 de abril de 2011

Influenciada

Não estou me comparando ao Woody Allen mas assim como ele, confesso que influenciada por minhas leituras, busquei e tenho buscado, por conteúdos que conhecia parcamente e que, por este motivo, me consumiam até que sanassem a vontade de descobri-los (pseudo) plenamente.
(Meu professor de texto jornalístico chora depois da minha frase de 4 linhas. Quem se importa, criei um estilo próprio)
Enquanto enrolo um post sobre Sinédoque Nova Iorque, encontrei esta entrevista do Jean-Luc Godard com Woody Allen, criatura que admiro sem precedentes.  Me tranquiliza, e afasta o meu perfeccionismo, saber que  Allen tem a simplicidade de demonstrar dificuldade em entender o inglês do ‘repórter’ apenas pelas caretas que faz. Também o fato de não ser fluente em francês e, desta forma, ser  tão mortal quanto eu.





terça-feira, 29 de março de 2011

O tempo entre costuras

Um amalgama de sentimentos dispares.

Faço o uso desta frase para descrever o livro ‘O tempo entre Costuras’ porque María Dueñas tem seus ápices na trama da protagonista Sira Quiroga. Costureira adolescente, dona de uma vida simples em um bairro pobre da Madri do século 40. É neste cenário onde o enredo toma o rumo de uma sucessão de acontecimentos viciantes, e que, logo prendem a atenção transmitindo a primeira das impressões que tive.

Seguindo sua vida ajudando a mãe em um atelier de costura da ALTA sociedade, Sira tem uma vida sem grandes ambições e que seguiria ‘o rumo natural das coisas’ até que ela tivesse a vida tal qual a da sua mãe. Porém, encantada por um homem (filhodaputa) mais velho e de classe alta, deixa a casa da mãe e o noivo, para ir morar com este que conhecia há pouco mais de mês. Entretendo com as decisões praticamente inconcebíveis de Sira, a primeira parte do livro, divido em três, traz uma repercussão de acontecimentos trágicos que envolvem a leitura. Como imaginei um relacionamento estável não foi o resultado do impulso da personagem. Dentre outras coisas, Ramiro introduz Sira a uma invejável vida boêmia (e por isso paro de julgar suas opções amorosas, porque nééé) até que decide que juntos deveriam abrir um empresa em nome, e financiada pelos únicos bens de Sira: jóias e dinheiro que recebeu de seu pai que simplesmente surgiu em sua vida de forma tão surpreendente quanto deixou suas mão quando estava grávida.

Leiga, cega e apaixonada (sira loser) Sira confia a Ramiro, que havia deixado o emprego, a administração de seus bens (sira putamerda) permitindo que ele invista-os em um projeto completamente sem cabimento: o de abrir uma filial de uma universidade argentina em Tanger no Marrocos.

Sem possuírem a confirmação da universidade e sem saber que seu dinheiro estava, na realidade, sendo investido na conta de Ramiro, os dois deixam Madri para seguir sua vida maravilhosa no Marrocos.

Obviamente após inúmeras farsas e um roubo Sira se vê completamente sozinha em outro país, sem dinheiro, sem recato, mas com dívidas, mandato de prisão e medo.

Desta forma é dado início a segunda parte de ‘O Tempo Entre Costuras’ e que baseia em todo desenrolar dos últimos acontecimentos da vida da espanhola, e a nova inserção das costuras em sua vida.

Em si a história tem tudo para transferir ao livro uma aceitação inquestionável. E eu, na verdade, adorei o livro como um todo e recomendo muito. Porém não há como fazer a ressalva de que por duas guerras entrarem na trama de forma pontual e definitiva é feito durante a maior parte do livro, contemplando 2/3 da obra, toda uma contextualização dos acontecimentos das guerras de acordo com a vida da protagonista. Ainda que este possa ser um diferencial, pois muitos personagens de grande relevância terem saído de livros de história, é um fator que tornar a leitura maçante em alguns momentos.

María Dueñas tem todo o artífice necessário para fazer deste livro um sucesso comercial e paixão de alguns.  a mim é um livro ÓTIMO que por fim me convenceu quanto ao seu potencial, ainda que em alguns momento tenha brotado em mim uma certa inquietude.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Bicho de ciudad

Bicho de ciudad - uma música linda com um dos clipes mais TRASH que já vi.

Menos mal que o album ao qual pertence essa música é ótimo, e que eu não fui atrás dos outros vídeos.

Spike no subúrbio

A pergunta seria quando eu me tornei uma crítica de cinema, Ou crítica de música, ou crítica de qualquer coisa que julgar conveniente. Acontece que com tantas pessoas se dizendo capazes de escrever e ainda ganhando dinheiro com isso (sim, morro de inveja de blogueiras que recebem para viajar e testar produtos, bjs, Laura mulherzinha) que acho de bom grado demonstrar as minhas impressões.

Sou extremamente tendenciosa a falar sobre o curta do Spike Jonze, que teve o trailer lançado no inicio da semana passada (não nessa, na anterior) tendo em vista que se trata de uma ‘continuação’ do clipe homônimo do Arcade Fire – uma das bandas que mais gosto e que tenho ouvido ultimamente.

The Suburbs não conta uma história, a música na verdade é uma crítica, como muitas outras da banda, a loucura descomedida que tem sido vivenciada. Começa fazendo um parâmetro entre a vida nos subúrbios de outrora com a total falta perda dos fatores que tornavam esses locais simplesmente pacíficos. Cheia de metáforas, sentimentalismo, é intensa, é linda, é do Arcade Fire.

Assim, o clipe é praticamente um micro curta, e que sim, instiga muito por uma continuação. Muito obrigada Spike, para os íntimos (perdeu Copolla!) por finalmente ter atendido aos meus, ao menos,  anseios!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Reciclagem

Eu deveria postar com mais frequência e odeio o fato de que sou relapsa, e indisciplinada, demais para tal. Fico até mesmo meio puta por ter ótimas ideias para posts (hahaha) e ficar me enrolando demais para finalizá-las. 

Sendo assim, preparei esse super post... NÃO. eu continuo sem ter feito nada especial pra cá, em contra partida, publico um comentário que fiz referente ao Oscar, e as impressões que tive dos poucos filmes que assisti.



atentem que se trata de um comentário deixado em um blog alheio:

Faz algum tempo que acompanho o Oscar não pela premiação, e sim por toda superfluidade de mulherzinha que envolve. Até pq todomundosabe que qualquer equivalente europeu da premiação faz um julgamento muito mais sensato que este. Beijo, Cannes.
MAAS, discordo quanto ao discurso do rei, particularmente, gosto da forma como o humor é abordado, é seco em sua grande maioria, e completamente desconexo, e justamente por isso que eu admiro. Também valido por ser o filme onde o Colin Firth está menos estereotipado e, portanto, comercial, ainda que não ache que tenha se desprendido suficiente do seu padrão para receber o prêmio de melhor ator. O filme vale MESMO pela helena bohan Carter que pra EU está simplesmente fantástica. Adoro especialmente quando ele interpreta ‘pessoas normais’ e como consegue ser tão convincente quanto a anarquista marla do clube da luta, por exemplo. Ela é o que faz o filme valer mais do que esse descaso aparente –  (LEIA-SE descaso por parte do autor do post)
Cisne negro é pra mim é o mais alternativinho de todos. Achei ótimo como toda galere e a Natalie Portman realmente impressiona. Em contra partida, vejo este como sendo um filme FEITO pra consagrar a atriz e não a obra, o que faz com que não seja o mais indicado a melhor filme. E não foi. Isso define bem o filme: “(aronofsky) oferece ao público médio a diversão do Playcenter com a chancela de Cannes e Berlim. Você recebe a pipoca básica de Hollywood, mas pode comentar depois, com grande deleite, ‘que filmão! Que experiência profunda!’ “
Sendo assim, concordo que por MERECIMENTO, a rede social devia levar o prêmio, mas é claro que a academia pensou diferente. Isso se alguém tivesse perguntado minha opinião.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Adeus janeiro e suas listas de melhores do ano

Como todo aspirante a jornalista, dono de um blog de variedades famoso, eu (não) paguei (feliz) pelo meu ingresso para o MECA FESTIVAL. Preciso dizer que depois de alguns outros bens materiais descartáveis e os que se tornaram doses etílicas (sinceridade é tudo) foi, definitivamente o mais bem investido.
No meio de toda aquela gente preocupada em ser tão diferente (leia-se indie/alternativa/hype/Cult/qualquer outro estereótipo que desconheço) que acabavam sendo cópias fidedignas umas das outras e de suas referências (que são as MESMAS) estávamos nós numa empolgação não muito aparente. Chegamos nas últimas duas músicas de ROSIE AND ME, e por mais que eu tenha gostado do pouco que ouvi, não surpreendeu que tivesse tão pouco público. Não sei exatamente quanto tempo depois, começou COPACABANA CLUB, sinceramente, não tenho uma grande opinião formada sobre a banda. A única coisa que eu sei precisar é que fora a baladinha DO IT, a parte que assisti não me fez correr pra casa e dar continuidade ao download do torrent que já tinha começado. Acho que deixo bem clara minha impressão. Apenas a título de uma tosca comparação: o show do Apanhador Só na ‘beira da praia’ me chamou BEM mais atenção.
Mas eu não tinha ido ao meu primeiro festival por causa das atrações nacionais. Estava mesmo sedenta pelo TWO DOOR CINEMA CLUB que rendeu litros de suor e o desgaste físico (nem tanto) mais reconfortantes deste mês.
A banda começou com Cigarettes in the theater, acredito que por ser a primeira da minha playlist (do cd? Não sei) achei tão bem escolhida e tão empolgante. O MECA finalmente havia começado, CHEERS! Com pouco mais de uma hora de músicas extremamente bem executadas (imparcialidade – eu domino) as que elegi como as melhores do festival foram DO YOU WANT IT ALL e WHAT YOU KNOW . CHEERS! Realmente não sei fazer boas definições acústicas e críticas de shows ou de qualquer outro tipo de manifestação massiva, ou não, musical. Acontece que o que importa para EU é que: a música estava ótima, audível na medida certa, e sem qualquer hiato na sonorização, e por mais (semi) contidas que fossem as movimentações no palco, achei condizente com o que tenho de referência de apresentações do TWO DOOR CINEMA CLUB! CHEERS!
Só achei ridículo que nenhuma banda voltou ao palco e o público foi complacente com isso, não entendo. E KIDS que música é essa??? FODA, FODA, FODA!
Passado o que considero o ápice do festival, veio a (quase) igualmente impressionante VAMPIRE WEEKEND. Devo dizer que só não curti tanto como a sua antecessora, porque eles tocaram algumas músicas do primeiro álbum e que não conheço, mas que me deram o maior ânimo de ir atrás. A-PUNK e WALCOTT foram as que mais gostei, o que deve explicar o fato de não conseguir parar de cantarolar a última, essa que me deixou com aquela sensação de quem acaba de passar por um momento que vai lembrar sempre.
Um único comentário quanto a um pensamento randômico que tive durante o show. O vocal do VAMPIRE WEEKEND, Ezra Koenig,  “... we are from NY...”  Bah, todo mundo aqui já sabe, precisa jogar na cara?? – eu possuída.
Festival é bem isso mesmo. Deixa aquela sensação de amor e ódio por todos, os mais alheios motivos, e que são justamente por estes que eu sei que mal posso esperar pelo próximo.
Até porque um festival como esse, com duas banda que eu gosto muito, na praia, e virar BFF (meiga) do Mark Hunter (THE COBRA SNAKE) não é sempre. (AAAAAAAAAAH , não podia deixar de –me mostrar – comentar).
E assim como as listas dos melhores do SAG, Golden Globes, Oscar e etc, janeiro se esvai com dois shows que lideram a minha de melhores do ano. (so far, so F*ing AWESOME).

 - fotos do MECA aqui, e aqui - cobra snake. e em outros tantos blogs - google it!