segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Meu primeiro post (pseudo) revolucionário.

Li um post que fazia uma critica a ‘mania’ que o brasileiro tem de desvalorizar o produto nacional. Naquele caso especifico, ele dissertava sobre HQs e a produção cultural do país. Não houve como discordar.

Com o apoio da lei de Incentivo a Cultura (a.k.a Lei Rouanet) é cada vez mais fácil conseguir o grande limítrofe das produções independentes: VERBA. E o (errrr) melhor, com dinheiro público! Não vou entrar no mérito das questões burocrático financeiras, até porque, e principalmente por este motivo, acho bárbaro que exista uma forma com a qual os produtores consigam apoio para seus projetos de forma que não seja através de rifa, por exemplo.

De música a cinema, até mesmo na fotografia (que by the way é a ten den cia da sociedade atual) e inclusive nas HQs como comentou o autor do post que mencionei, o país tem de fato um caldo grosso de bons projetos culturais.

Se buscarmos no histórico das produções de conteúdo áudio visual brasileiro é notável de como desde 1908 o Brasil já se aventurava por essas bandas, tendo este sido o ano do primeiro filme tupiniquim a ser lançado (obra “Os Estranguladores”). Isso sem mencionar que foi em 1896 a primeira exibição de cinema, no Rio de Janeiro. De fato já fomos um país culturalmente desenvolvido, isso se pensarmos que antes da censura política, as manifestações ocorriam até mesmo nas publicações. Vide O Pasquim que além do conteúdo crítico não deixava de ser uma forma de expor o pensamento e a percepção cultural daqueles representantes da sociedade que o faziam, e que hoje tem quase uma ‘representação’ atual pela revista Piauí, que acredito ser totalmente baseada naquele veículo tristemente confiscado.

No que tange a literatura não há nem o que se dizer. Temos excelentes clássicos que são referencia mundial neste nicho. E ainda que eu não goste (e tenha um verdadeiro P A V O R) do Paulo Coelho, não posso ser hipócrita e negar a notoriedade dele como autor, e que de certa forma abriu uma janela aos autores brasileiros para o resto do mundo. (Nota: foi apenas uma contextualização contemporânea.)

A meu ver o teatro ainda que bem desenvolvido, precisa de um maior impulso, seja por parte das pessoas que poderiam dar mais atenção a essa manifestação, quanto por parte dos governos municipais que poderiam dar melhores condições a seus teatros, e ainda realizar uma maior divulgação das peças que vem a sua cidade.

Como mencionei no parágrafo acima, finalizo da mesma forma como no blog que foi a pauta para esse meu post. Com um apelo pela divulgação e no mínimo pelo interesse pelo produto nacional. Gostaria de te instigar a repensar no que tem sido feito na área cultural brasileira e pelo menos tentar fazer com que tu, além de eu, tentes difundir uma consciência coletiva que tenha vontade de mostrar o Brasil como um país que tem muito mais do que futebol.
Se isso for muito impossível, apenas te convido, de forma menos revolucionária, a ler um livro do Érico Verissimo, ou assistir O Homem que copiava.

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